terça-feira, 18 de agosto de 2009

Eu te amo

Amor de irmão é aquele que às vezes vem com o tempo, às vezes meio forçado. É um amor briguento, e com certeza, muito ciumento. É aquele amor que a gente pode levar uns 30 anos para perceber que mora com você. Ou aquele que faz falta quando vai pra longe. É o amor cúmplice, que ajuda e até esconde, é o amor engraçado, natural que faz sorrir. É aquele que levanta um portão caído, ou que pula em um poço sem fundo. É aquele mais forte que qualquer energia nuclear. É aquele do tapa, do filme, do soco, da massagem, das fofocas, das brincadeiras. Amor de irmão é amor de sangue.
Amor de amigo é aquele lugar seguro. A fortaleza erguida por dois, onde estes podem se esconder quando os tempos são difíceis. É aquele que não vê em nenhum lugar vergonha, aquele que deixa de lado os personagens e consegue ler os pensamentos. É aquele das coisas erradas, das broncas e das cicatrizes. É aquele de ver o sol nascer e acordar quando ele já tiver se posto. É aquele de ligar de madrugada e ter olheira de manhã. É aquele de confessar seus pecados e compartilhar suas qualidades. É viajar e ser livre. É se arrepender e crescer. Amor de amigo é viver.
Amor de pai é aquele incondicional. Pode ser irritante às vezes, mas com o tempo a gente percebe que ele só quer nosso bem. É aquele que segura a bicicleta e tira as rodinhas. É aquele que tem a primeira conversa e conta que você veio de uma cegonha. É aquele que canta pra você dormir e te busca de madrugada. É aquele que ensina a pescar e entrega o peixe mastigado. É aquele que não compra uma roupa e te compra um brinquedo. É aquele que grita com futebol e perde a voz no seu jogo de basquete. É o maior super-herói do mundo e dar o coração numa bandeja de prata. Amor de pai é pra sempre.
Amor de mãe é aquele que ri de tudo o que você faz. Nunca deixa sair sem casaco, e não vai dormir sem antes de dar um beijinho de boa-noite. É aquele que conta como você era gordinho e acordava rindo todos os dias. É aquele carinho, aquela pomada na perna machucada. É aquele super-protetor, super-preocupado e super-orgulhoso; porque não importa se você escrever errado, ela vai guardar todas suas cartinhas de dia das mães. É um abraço apertado, é dar a vida pra você. É dar a vida por você. Amor de mãe é o maior do mundo.
Amor de vó é aquele que sempre te acha magro. Fala que você cresceu muito e mas vai ser sempre “o menininho da vovó”. É aquele que faz o melhor macarrão do mundo inteiro, e sempre te traz bolo quando você ta largado no sofá. É aquele que você aproveita quando criança, deixa de lado quando as espinhas aparecem, lembra quando entra na faculdade e sente falta no seu primeiro emprego. É aquele do seu primeiro banho e do seu primeiro palavrão. É aquele almoço de domingo e sempre querer limpar sua bunda. É deixar tudo que seus pais não deixam e não deixar que você leve bronca. Amor de vó é mimado.
Amor de vô é aquele que baba. Orgulha-se de você para os amigos, pois não cabe nele mesmo tanto orgulho. É aquele que idealiza, tirando os defeitos, e as vezes vendo qualidades que não lembramos de ver. É aquele que ensina andar de carro. É aquele que ensina amar ler. É aquele que tem sua foto na cabeceira, antes mesmo de Deus. É quem responde quando você pergunta “porquê”, mesmo quando não existe resposta. É aquele que dorme na mesma cama, sem roncar pra não te acordar. Amor de vô é ensinar.
Amar. Amar parece ser um verbo. Amar parece ser difícil. Amar pode ser demorado. Amar pode ser estranho. Amar lembra coração. Amar não tem hora nem lugar. Amar é ter todos os tipos de amor... de irmão, de amigo, de pai, de vô, de vó; todos em um só. Amar é um estado de espírito, amar é respirar. Amar é proteger e cuidar. Amar é se orgulhar. Amar é viver separado em dois corpos de almas que podem se olhar. Amar é sangue. Amar é viver. Amar é ensinar. Amar é mimar. Amar é o maior amor do mundo. Amar é eterno.