segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Mensagem Publicada na Folhateen 17/11/2008

Boa-tarde. Meu nome é Daniel. Tenho 15 anos.

 

  Vivo em um país chamado Brasil, um país tropical. Vasto é seu território e mais vasta ainda é sua desigualdade. Abençoado por Deus, graças a Deus, é bonito por natureza. Mesmo assim nós o devastamos, desmatamos, destruímos.

  Na minha cidade existem edifícios que inalcansáveis, rompem os céus, misturam-se às nuvens. Em São Paulo existem barracos que deploráveis, mal se sustentam, misturam-se à lama. Ah! Mas a taça do mundo é nossa! Nada mais importa, a luz do mar e ao som do céu profundo, a canção nunca está perdida.

  Nossa cegueira, tamanho hedonismo! Não enxergamos as pessoas que rastejam pelas calçadas, sem ter aonde morar, crianças maltrapilhas implorando por uma moeda. Que país é esse?

  O ensino público, tão deficiente como um homem preso a sua cadeira de rodas. Que pena... bolsa família bem que podia ter dentro cartão de crédito! De que adianta uma bolsa sem saber como usar? De que adianta dar comida e não ensinar a caçar?

  Disputamos um lugar ao sol em meio a seis milhões de carros. Disputamos o ar que respiramos com indústrias. Disputamos nossa audição, medindo forças com dezoito milhões de vozes. Talvez por isso, não escutemos nossos próprios pensamentos. Talvez por isso os políticos são como são, e e que vemos é apenas o brasileirão.

 

  Eu defendo uma mudança. Uma mudança que comece pelos jovens, pelas crianças. Afinal, é necessário educar o menino para não castigar o homem. Com a educação podemos conscientizar, entretando, mais essencial que isso é a leitura, reflexão, capacidade crítica e intervensionismo. Refletir um pouco mais sobre a adolescência, como faze complicada e difícil, abrindo portas que levem a caminhos bons, mostrando ao jovem aspectos diversos sem formatar e mecanizar seu pensamento. O objetivo é que o jovem seja capaz de formar sua opinião, e enxergar. Para que um dia possa formar-se como adulto, e MUDAR.

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